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Os portadores de artrite reumatoide, fibromialgia, lúpus e tantas outras doenças que afetam cartilagem e articulações já sabem: é só o frio chegar que a dor aumenta consideravelmente. Mas, se há uma boa notícia aqui, é a de que a doença em si não piora com o inverno ou as temperaturas baixas.
“Não existem evidências de que a inflamação se intensifique ou de que a lubrificação das juntas seja prejudicada, como diz a sabedoria popular”, aponta José Eduardo Martinez, reumatologista da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
Só que isso não livra a pessoa de sofrimentos. “No frio, há uma tendência de os músculos ficarem mais contraídos e menos flexíveis, o que pode provocar dor”, aponta o médico. Junto com uma doença reumatológica e a inatividade física, que costuma reinar no período, a rigidez da musculatura intensifica os desconfortos.
Outra coisa que muda no frio é a circulação: as veias e artérias ficam mais apertadas. “Essa vasoconstrição pode gerar espasmos musculares e sensação de dor”, destaca Martinez.
Se por um lado dá para ficar tranquilo sabendo que a doença não piorou, por outro é bom criar estratégias para lidar com os incômodos. A primeira é não deixar de se exercitar. “A atividade física compatível com a capacidade de cada um não só melhora o estado dos músculos e a circulação, como atua na regulação do sono e do humor, fundamentais para o controle da dor”, ensina Martinez.
Outros hábitos analgésicos, assim por dizer, envolvem manter uma alimentação equilibrada, vestir roupas quentinhas e tomar banhos com água morna.
Fonte: www.saude.abril.com.br