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Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, cerca de 38% da população brasileira apresenta varizes. Além de desconforto e dores fortes, as varizes aumentam o risco de trombose e úlceras. Entre os seus principais sintomas estão o inchaço, dores ou sensação de peso nas pernas.
Mas por que as varizes são tão corriqueiras? A culpa é da própria evolução da nossa espécie. Quando o ser humano passou a adotar a postura ereta e a andar apenas com os pés, ficou bem mais difícil levar o sangue das pernas de volta ao coração, imagine o esforço que é vencer a gravidade e fazer o líquido vermelho subir ao peito! “Com o tempo, as veias ficam debilitadas e deixam de cumprir seu papel”, explica o cirurgião vascular Nelson Wolosker, do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.
Mas engana-se quem pensa que o alargamento desses tubos nos membros inferiores seja apenas um impedimento para vestir short, maiô ou biquíni. Diversos estudos demonstram que o fenômeno está por trás de repercussões mais sérias à saúde. Uma pesquisa do Hospital Memorial Chang Gung, em Taiwan, por exemplo, acaba de confirmar que as varizes aumentam em cinco vezes o risco de trombose venosa, a formação de um coágulo nos vasos sanguíneos profundos.
O primeiro passo para driblar essa série de enrascadas e, claro, botar a roupa de banho sem "neura", é ficar de olho nas pernas, principalmente a partir dos 30 anos de idade. Geralmente, as varizes se manifestam por meio de manchas verdes ou roxas, que se expandem aos poucos. Outras pistas frequentes são o inchaço e a sensação de peso nos pés ao final do dia. “A doença começa muito antes dos sintomas, então é importante procurar um profissional o mais cedo possível”, aconselha o angiologista Marcelo Moraes, diretor da SBACV.
A atenção deve ser redobrada se você tem um parente próximo com o problema, a genética influencia bastante por aqui. Outros fatores bem conhecidos são o envelhecimento, o ganho de peso, o sedentarismo, o uso de terapias hormonais e duas ou mais gestações.
Genética: Se você tem um familiar de primeiro grau com varizes, seu risco de desenvolvê-las também é alto.
Hormônios: Remédios que mexem com o sistema hormonal chegam a alterar a integridade dos tubos sanguíneos.
Obesidade: Os quilos extras sobrecarregam e pressionam os vasos responsáveis por transportar o sangue pelas pernas.
Gestações: O crescimento do bebê no útero aperta as veias da pelve, o que repercute direto nos membros inferiores.
Sedentarismo: Estimula o ganho de peso e deixa a panturrilha mirrada. Assim, o músculo não consegue realizar seu trabalho.
Sexo: Mulheres sofrem mais com elas do que os homens. Parece que os hormônios têm um papel por aqui.
Essas linhas arroxeadas parecidas com teias de aranha recebem o nome de telangiectasias. São veias bem menores que estão na derme e na epiderme. Elas não estão relacionadas a desajustes de saúde, o prejuízo é só estético mesmo.
Quem tem muitas formações desse tipo deve ficar atento, pois é comum que as varizes apareçam em conjunto ou na sequência. Para secá-las, não carece de nada muito sofisticado: injeções de glicose administradas por um especialista dão conta do recado.
As inflamações e úlceras na pele são um suplício. E estima-se que 1,5% dos brasileiros tenham essas feridas provocadas pela insuficiência venosa. É primordial seguir direitinho o tratamento com curativos e as recomendações de repouso para acelerar a recuperação.
Fonte: www.saude.abril.com.br